terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

É ALEGRIA! É FOLIA! É CARNAVAL!!!

USE BEM OS SEUS BONS INSTINTOS

INCLUSIVE O DE PROTEÇÃO

LEIA!

é d o s e u i n t e r e s s e

Hepatite oferece maior risco de transmissão do que o HIV

Lisiane Wandscheer Repórter da Agência Brasil

Brasília - O carnaval é época de alegria, diversão, mas também de prevenção. A hepatite é uma das doenças contagiosas que mais se adquire nesta época do ano. Segundo o médico infectologista e professor da Universidade de Brasília (UNB), Ricardo Marins, as hepatites são mais freqüentes do que o HIV - o vírus transmissor da aids. A cada 100 pessoas, 1,2 tem hepatite, enquanto pouco mais da metade, 0.6, tem o vírus HIV.“No carnaval existe uma permissividade social que induz as pessoas à prática sexual, muitas vezes, sem nenhum cuidado. O vírus da hepatite é um dos mais resistentes ao meio ambiente”, afirma Marins.
O diretor da organização não-governamental (ONG) Saúde em Vida, que trabalha com portadores de hepatite, Christian Joseph Souza Carvalho, explica que outra forma comum de contrair o vírus é com o uso de drogas.
“As pessoas precisam saber que não é só com droga injetável que se adquire a hepatite. Muitos usuários utilizam uma “marica” (canudo feito com caneta, alumínio ou nota de dinheiro) para cheirar a cocaína ou o crack. Como a droga machuca a parede interna da narina, ocorre o contato com o sangue de outra pessoa”, destaca Carvalho.
Segundo o professor, as hepatites B e C são de grande preocupação para os profissionais de saúde porque a grande maioria torna-se crônica, evoluindo para a destruição do fígado até a morte. A hepatite C torna-se crônica em 80% dos casos e a B em 10%.O vírus da hepatite B é transmitido quando o sangue ou os fluidos orgânicos contaminados penetram na corrente sangüínea. O vírus é encontrado no sangue, no sêmen, no fluido vaginal ou no fluxo menstrual. A transmissão do tipo C é mais limitada ao contato direto com o sangue.“A hepatite é uma doença silenciosa. No início, o quadro clínico assemelha-se à gripe ou a um mal-estar, dificultando a identificação. A doença só se manifesta em dez, 15 ou 20 anos, quando o portador apresenta uma cor amarelada e a hepatite já está em um grau adiantado. O correto é que todos fizessem o teste de forma preventiva”, orienta Marins.No último levantamento feito pelo Ministério da Saúde, em 2007, foram registrados cerca de 20 mil casos, apenas das hepatites B e C. Segundo o coordenador do Programa Nacional de Hepatites, Ricardo Gadelha, o Brasil está pleiteando junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) a criação do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. “Nossa intenção é sensibilizar o mundo para esta causa. ”.Gadelha diz que a melhor forma de prevenção é a vacina, apesar de, no momento, só existir para o tipo A (menos grave) e a B. A aplicação é disponibilizada nos postos de saúde de forma gratuita. A última campanha para realização de testes ocorreu em 2005. “Naquele ano, tivemos um grande número de notificações, por isso hoje focamos na prevenção, que é mais barata que o tratamento. Estamos direcionando o trabalho à população adolescente, que tem maior dificuldade de ir até a uma unidade de saúde”.Os salões de beleza, estética, clínicas de podologia, estúdios de tatuagem e de aplicação de piercing são outro importante local de transmissão, pois utilizam instrumentos sem a devida esterilização. A ONG Saúde em Vida defende, em Campinas, a criação de uma lei que fiscalize e regulamente esses locais. O projeto determina o uso de materiais descartáveis, luvas e esterilização dos instrumentos após cada uso, entre outros cuidados. “Não é necessário uma transfusão, uma pequena quantidade de sangue é suficiente. Muitas pessoas não sabem como contraíram o vírus, mas basta uma alicate contaminado para transmiti-lo”, afirma Christian Carvalho.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Uma em cada dez manicures tem hepatite, revela estudo em São Paulo

Fonte: UOL Ciência e Saúde
09/02/2009 - 11h15
Clic no link para acessar a página original http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2009/02/09/ult4477u1335.jhtm

Estudo inédito promovido pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, na capital, revela que uma em cada dez manicures ou pedicures possui hepatite. E o pior: essas profissionais não adotam medidas de segurança necessárias para evitar o contágio e sequer sabem dos riscos de saúde relacionados à atividade que exercem.Foram avaliadas 100 participantes, dos quais metade trabalhava em shopping centers e a outra metade em salões de beleza localizadas em ruas de bairros da capital. O trabalho de campo foi feito ao longo dos anos de 2006 e 2007, incluindo coleta de sangue e aplicação de questionário. Dez profissionais deram positivo para hepatite, das quais oito para o vírus do tipo B da doença e outras duas para o tipo C.

Das 100 participantes, oito têm o vírus do tipo B da doença e outras duas para o C
SP FAZ CAMPANHA PARA JOVENS
VOCÊ TEM MEDO DE FAZER MÃO OU PÉ EM SALÕES?
SAIBA MAIS SOBRE HEPATITE

A pesquisa verificou também que só 26% das manicures entrevistadas faziam esterilização dos instrumentais com autoclave, método considerado o mais seguro, mas que ninguém sabia utilizar o equipamento adequadamente. Outras 54% utilizavam estufa, mas a grande maioria não sabia o tempo e a temperatura corretas para esterilizar os materiais. Oito por cento usavam forninho de cozinha, o que é totalmente inadequado, e 2% simplesmente não utilizavam nenhum método de esterilização. Somente 8% faziam a limpeza dos instrumentais antes de esterilizá-los, e mesmo assim de forma inadequada. Embora 74% das profissionais tenham afirmado que sempre lavam as mãos antes e depois de fazer mão e pé das clientes, foi constatado que ninguém adotou esse procedimento enquanto a pesquisadora permaneceu no salão observando o atendimento. Das entrevistadas, 20% disseram que usam luvas no trabalho, mas só 5% foram observadas utilizando a proteção. Das 100 manicures entrevistadas, 72% desconheciam as formas de transmissão de hepatite B, e 85% não sabiam como se pega hepatite C. Noventa e três por cento desconheciam formas de prevenção contra o tipo B, e 95%, contra o tipo C. E 45% acreditavam que não transmitiriam nenhuma doença a seus clientes. O estudo apontou, ainda, que 74% das manicures não estão imunizadas contra a hepatite B, embora a vacina esteja disponível para esta categoria profissional, gratuitamente, pelo SUS (Sistema Único de Saúde).A enfermeira Andréia Cristine Deneluz Schunck de Oliveira, do Instituto Emílio Ribas, que é responsável pela pesquisa, alerta que essas profissionais usam o mesmo instrumental de trabalho para tirar a própria cutícula e, como em geral não adotam os cuidados adequados, é bem provável que estejam se contaminando com a hepatite e transmitindo o vírus também às clientes. A pesquisadora sugere que as clientes dos salões de beleza procurem observar as condições de higiene e esterilização dos materiais e, se possível, levem seus próprios instrumentais quando forem fazer as unhas dos pés e das mãos.

É possível pegar hepatite ao fazer as unhas

Salões de beleza sãoCor do texto foco de transmissão da doença.

Leia a matéria e assista que foi veiculado em vídeo no portal Globo.com
Clicando no link: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL992584-15605,00.html
Uma pesquisa que acaba de ser concluída em São Paulo dá o alerta. Salões de beleza são focos importantes de transmissão de hepatite. O perigo começa quando você entra no salão de beleza para fazer as unhas. Se as manicures não tomarem certos cuidados elas e o próprio cliente correm o risco de pegar a doença. Por que fazer as unhas pode representar algum risco? Uma dissertação de mestrado feita por uma enfermeira na Secretaria da Saúde do estado de São Paulo mostra que um perigo silencioso ronda as manicures dos salões de beleza - a hepatite, uma inflamação do fígado causada por um vírus. “As manicures geralmente cortam a cutícula e isso sangra. O sangue contém uma quantidade enorme de vírus. Então, uma gota de sangue pode favorecer a transmissão”, explica o Dr. Focaccia. O médico infectologista Roberto Focaccia é uma das maiores autoridades em hepatite no Brasil e orientador da pesquisa. Cem manicures em São Paulo foram entrevistadas e tiveram o sangue analisado. O resultado impressiona: 10% das entrevistadas tinham hepatite B ou C, as formas mais graves desta doença. “Tanto a hepatite B como a C são doenças silenciosas, elas não se exteriorizam durante longos anos. Elas vêm se exteriorizar quando já têm complicações, o indivíduo já está com cirrose, um câncer de fígado, uma insuficiência hepática. Isso leva décadas”, explica o Dr. Foccacia. “Todas as profissionais que foram positivas haviam entrado em contato com sangue durante sua prática profissional”, explica a pesquisadora Andréia. A pesquisadora descobriu que muitas vezes as normas de higiene não são respeitadas nos salões de beleza. Isso facilita a transmissão da hepatite através do sangue ou de instrumentos contaminados. Clientes e manicures correm riscos. Andréia vai nos acompanhar numa blitz por vários salões de São Paulo para mostrar o que deve ser feito e o que tem que ser evitado, porque representa um risco à saúde. Ao entrar num salão, a Andréia já bateu o olho num erro muito comum e muito perigoso. Qual foi? “A manicure está sem luva fazendo a unha da cliente, sendo que, nesse momento da retirada da cutícula, pode ocorrer algum tipo de sangramento”, observa Andréia A justificativa não convence.... “Eu não costumo machucar a cliente”, respondeu a manicure Ivone Ornellas. Dica número um: sempre usar luva descartável. Mas a luva não dispensa outro cuidado: lavar muito bem as mãos com água e sabão. O Fantástico visitou 13 salões de beleza e encontrou várias falhas, como uma mesma lixa sendo usada por várias pessoas. “Não pode ter lixa de estimação. Após o uso, ela deve ser desprezada. Ela é usada apenas uma única vez”, explica Andréia. Dica número 2: lixas e palitos têm que ser descartáveis, usar uma vez e jogar fora. As toalhas têm que ser uma por cliente. Mais uma dica: materiais de metal, como alicates, espátulas e cortadores de unha, exigem um cuidado especial. Após cada uso, é preciso limpar bem. “Limpo com acetona”, conta uma manicure. “Eu o limpo com álcool”, acrescenta mais uma. Errado. Esqueça o "alquinho" e a acetona. O certo é esfregar com uma escova usando água e sabão. Depois disso, eles estão prontos para serem esterilizados. “Deixo cada alicate no esterilizador uns 15, 20 minutos, mas fica muito quente”, diz a manicure Rosangela Duarte. “Ficar muito quente não significa que houve esterilização, e a morte das bactérias e fungos”, aponta Andréia. Para funcionar, a esterilização deve ser feita em aparelhos especiais chamados autoclave ou em estufas. O procedimento correto leva de uma a duas horas. E outro detalhe importante: você não poderia abrir a porta da estufa durante o processo. Um cuidado extra que as manicures podem adotar é tomar a vacina contra hepatite B. “Temos uma vacina bastante segura, eficaz, que oferece 100% de proteção”, explica o Dr. Roberto Focaccia. Se tiver dúvida se o seu salão está fazendo tudo direitinho, uma última dica. “Eu levo o meu próprio kit com toalha, palitos, lixa, esmalte”, revela Andréia. “A próxima vez que eu vier, a Rosângela vai fazer com o meu material, viu Rosângela? Tudo meu!”, brinca Milce de Assis Moura, cliente do salão.

Fonte: Fantástico Portal Globo.com exibido em 08-03-2009