quinta-feira, 28 de julho de 2011

Campanha do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais em João Pessoa se concentrará no Hospital Clementino Fraga.

 
 
Dia 28 de Julho é o Dia Mundial de Combate às Hepatites e em vários locais do Brasil e do mundo se faz uma ou mais ações para ajudar de algum modo.
Este ano novamente o Hospital Clementino Fraga vai disponibilizar, nos dias 28 e 29 de julho, 5a e 6a feira, o teste rápido anti-HCV, para detecção da Hepatite C.
Como a hepatite C é uma doença silenciosa, mesmo sem sintomas é importante fazer o teste.
E não esqueça que a Hepatite B, além de se transmitir por meio do sangue, transmite-se sexualmente.
E como tem vacina disponível nos postos de vacinação da rede pública de saúde, é FUNDAMENTAL tomar esta vacina, que consta de 3 doses.
Fazendo parte dessas ações, haverá uma palestra informativa sobre Hepatite C no auditório do Hospital Clementino Fraga, às 14.30 h do dia 28, 5a feira, proferida pela Dra. Maria de Fátima Amorim

Hoje é o dia mundial de luta contra as hepatites virais. O Ministério da Saúde faz solenidade alusiva ao dia lançando os dados mais recentes sobre as hepatites B e C, a agenda de trabalho que tem programada para a abordagem das doenças e uma campanha de comunicação sobre o tema.

Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ministério da Saúde amplia acesso a medicamento para hepatite C e melhora atendimento integral a pacientes.

 

12.07.2011

Para melhorar o atendimento e a qualidade de vida dos portadores de hepatite C, o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, realiza uma série de modificações nas diretrizes terapêuticas para tratamento da doença. O novo Protocolo para o Tratamento da Hepatite C vai proporcionar, dentre outros benefícios, a ampliação do uso de interferon peguilado e facilitar o acesso ao tratamento em alguns casos que não necessitarão de biópsia prévia. As mudanças passam a valer a partir do dia 18 de julho.

Na prática, o Protocolo para o Tratamento da Hepatite C também proporciona mais agilidade para indicar o prolongamento de tratamento. O protocolo anterior, publicado em 2007, permitia a extensão do uso do interferon desde que houvesse aprovação do Comitê Estadual de Hepatites Virais. Agora, o médico que acompanha o paciente já pode prescrever a continuidade do tratamento, de acordo com os critérios estabelecidos no documento.

No Brasil, há 11.882 pessoas em tratamento e a ampliação do uso do interferon peguilado para portadores de outros genótipos do vírus da hepatite C beneficiará pelo menos outros 500 pacientes ainda este ano. O uso desta formulação trará mais conforto e comodidade a estes pacientes, pois esta é utilizada apenas uma vez por semana – no caso do interferon convencional, são três doses a cada semana.

Impacto - Estimativas do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde apontam que a mudança trará cerca de 3,5% de impacto sobre os gastos atuais, que hoje estão em torno de R$ 17,7 milhões com o insumo produzido por dois laboratórios privados. Hoje, um tratamento com duração de 48 semanas com o interferon peguilado chega a custar R$ 23 mil reais ao Sistema Único de Saúde (SUS). Um paciente com hepatite C é tratado por até 72 semanas.

A hepatite C é uma doença que acomete o fígado, transmitida por transfusão de sangue ocorrida antes de 1993 (ano em que os testes para detecção de anticorpos da hepatite C em bancos de sangue foram implantados), seringas ou aparelhos perfurocortantes contaminados, tais como equipamentos odontológicos e materiais utilizados para tatuagem e piercing. Lâminas de barbear e de manicure e pedicure estão entre os materiais que necessitam ter seu uso individualizado. A infecção também pode ser transmitida pela via sexual em relações desprotegidas.

A transmissão vertical (de mãe para o bebê na gravidez) do vírus C é menos freqüente e ocorre em cerca de 5% dos nascidos de mães portadoras do vírus com carga viral elevada. A doença tem tratamento e cura, particularmente com diagnóstico e tratamento  precoce. A prevalência da hepatite C nas capitais brasileiras é de cerca de 1,5%, e o Ministério está ampliando o acesso ao diagnóstico precoce desta infecção.

Mais informações, acesse: http://www.aids.gov.br/pagina/hepatites-virais

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Novas diretrizes para hepatite C ampliam duração do tratamento

Elogiado por médicos e ONGs, protocolo foi atualizado pelo Ministério da Saúde e deve ser divulgado na próxima semana; outra novidade é que a biópsia do fígado deixará de ser critério, em alguns casos, para que o doente tenha acesso à medicação

07 de julho de 2011 | 0h 00

Fernanda Bassette -

Fonte: O Estado de S.Paulo

O Ministério da Saúde vai atualizar o protocolo de tratamento de pacientes com hepatite C. Entre as novidades está a permissão ao médico de prolongar para até 72 semanas a terapia dos doentes que apresentam resposta lenta à medicação - cerca de 40% dos pacientes em tratamento.

Pela diretriz atual, o paciente é tratado até completar 48 semanas e, caso não esteja com a carga viral indetectável nessa fase, tem de pedir autorização para o Comitê Estadual de Hepatites Virais para conseguir a continuidade do tratamento. Os casos são analisados individualmente e precisam ser justificados.

Segundo Jeová Fragoso, presidente do Grupo Esperança de Apoio aos Portadores de Hepatite, a nova portaria - que deve ser divulgada na próxima semana - não faz mais essa exigência. Fragoso é um dos membros do comitê técnico que participou da atualização das diretrizes.

"Para nós é um avanço, apesar de ainda ser uma atualização modesta. Agora a portaria deixa a critério do médico avaliar se o paciente precisa ou não continuar o tratamento até completar 72 semanas", afirma.

O hepatologista Mário Pessoa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia e membro do comitê técnico, também considera o novo protocolo um progresso. "O documento amplia o alcance ao tratamento. Até então, casos especiais eram submetidos ao comitê técnico. Sou favorável à flexibilização do subgrupo de resposta lenta."

Segundo o hepatologista Raymundo Paraná, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia e também membro do grupo que elaborou o documento, ainda não há um consenso médico sobre o prolongamento do tratamento, mas, mesmo assim, o comitê entendeu que seria mais seguro para o doente. "Os resultados do prolongamento são conflitantes. Não sei responder se (ele) aumenta a chance de cura. Além disso, a tendência é de que o paciente abandone um tratamento tão longo", avalia.

Biópsia. Outra novidade da portaria, segundo Paraná, é que, em alguns casos específicos, a biópsia de fígado deixará de ser critério para que o doente possa ter acesso ao tratamento. Ela não será mais exigida para os pacientes com o tipo 2 e 3 da doença e também para aqueles com cirrose e sintomas bem estabelecidos. Hoje, o paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) pode demorar até um ano para conseguir fazer o procedimento.

"A biópsia é um dos principais gargalos que o doente do SUS enfrenta para conseguir iniciar o tratamento. Ela não dá equidade ao processo. Com essa alteração na portaria, cerca de 40% dos pacientes serão beneficiados", diz.

Outro item abordado no documento será a inclusão de pacientes com os genótipos 2 e 3 da hepatite C no tratamento com interferon peguilado - droga mais moderna e com melhores resultados, que é usada atualmente apenas nos pacientes com o subtipo 1 do vírus, o mais comum. Hoje, esses pacientes recebem a droga convencional.

"O interferon peguilado é uma droga mais cara, mas traz melhores resultados. Essa era uma briga antiga da sociedade de hepatologia", diz Paraná.

Para Carlos Varaldo, presidente do Grupo Otimismo, o protocolo traz avanços importantes, mas deveria ser atualizado com mais frequência. "O documento em vigor é de 2007. Esse novo protocolo foi discutido durante mais de um ano. O problema é que as evidências científicas mudam a cada semana, novos tratamentos surgem e não são oferecidos na rede. O que queremos é que o paciente tenha acesso às terapias de ponta." 

Novas drogas. Segundo Fragoso, do Grupo Esperança, a expectativa dos pacientes é que as novas drogas que estão em fase de aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sejam incluídas em protocolos futuros. "Estão chegando os inibidores de protease, que parecem trazer mais resultados."

O Ministério da Saúde foi procurado, mas não quis detalhar a nova portaria. Segundo a assessoria de imprensa do Programa DST/Aids e Hepatites Virais, o documento será divulgado na próxima semana, em evento com o ministro Alexandre Padilha. Em nota, a assessoria informou que o protocolo detalhará as situações de prolongamento da terapia, quando indicado.

PARA ENTENDER

Forma crônica atinge 85%

A hepatite C é causada por um vírus que ataca as células do fígado. Em 15% dos casos, a doença provoca uma infecção aguda, que acaba sendo curada pelo organismo. Mas, em 85% dos infectados, evolui para uma forma crônica, que pode levar a doenças hepáticas como a cirrose e o câncer.

É transmitida por sangue contaminado, em transfusões ou compartilhamento de seringas para injeção de drogas. Em circunstâncias raras ocorre a transmissão por via sexual e, em cerca de 5% dos casos, também a transmissão vertical, ou seja, de mãe para filho. Casos de transmissão por meio do leite materno não são conhecidos. Em 20% a 30% dos casos a via de contaminação não é determinada.