segunda-feira, 21 de abril de 2008

Conhecendo a Hepatite B



A HEPATITE B atinge em todo o mundo na sua forma crônica 350 milhões de pessoas, sendo estimado que no Brasil existam dois milhões de pessoas contaminadas. A maioria dos infectados ainda não foi identificada e não recebem tratamento ou cuidados, motivo pelo qual a Organização Mundial da Saúde estima que por causa da cirrose ou câncer provocado pela hepatite B morram anualmente um milhão de pessoas.

As formas de transmissão da hepatite B são as mesmas que as da AIDS.
A maior fonte da contaminação em adolescentes e adultos é a transmissão sexual. Na relação sexual a hepatite B é 20 a 100 vezes mais fácil de ser transmitida que a AIDS. A hepatite B não é transmitida por alimentos ou água, nem pelo contato casual. Atualmente o sangue usado em transfusões sanguíneas é sempre testado
para marcadores da hepatite B, sendo extremamente rara a possibilidade de contaminação por transfusão.
Outros meios de transmissão da doença acontecem entre usuários de drogas, ou por falta de esterilização adequada na realização de tatuagens, por perfurações de piercings ou ao realizar tratamentos de acupuntura compartilhando as agulhas. O compartilhamento de escovas de dentes, instrumentos de manicure ou aparelhos de barbear também podem transmitir a doença.
A transmissão "vertical" da mãe infectada para o filho durante o parto é outra forma de contaminação. Assim, a maioria das crianças infectadas ao nascimento podem tornar-se doentes crônicos, caso não recebam a vacina e uma imunoglobulina anti Hepatite B (HBIG) nas primeiras horas após o nascimento.

Na sua próxima consulta médica, converse com o seu médico sobre a conveniência de realizar o teste de detecção da hepatite. Se o resultado for positivo, procure assistência médica especializada (infectologistas, hepatologistas ou gastroenterologistas) ou os hospitais de referência do SUS.
O exame de sangue para detectar a hepatite B é simples, embora a interpretação dos resultados seja complexa, havendo necessidade de ser avaliado por profissionais experientes, a fim de se evitar que casos que necessitem de acompanhamento e tratamento sejam subestimados.
Uma recomendação obrigatória para todos os casos diagnosticados é a vacinação contra a hepatite B de todo seu círculo familiar e parceiros sexuais informando-se sobre as vias de transmissão e as formas de prevenção, ressaltando que a transmissão sexual da hepatite B é uma via muito comum de contágio.

Neste momento existe uma única recomendação que todos os indivíduos infectados devem seguir: a proibição de ingestão de bebidas alcoólicas é essencial. O álcool é o maior aliado do vírus na destruição do fígado!


PREVENÇÃO

Existe vacina para prevenir a hepatite B, motivo pelo qual é inconcebível que o número de infectados esteja aumentando. A vacinação é obrigatória nas crianças, nas primeiras horas após o parto.
A vacinação para prevenir a hepatite B confere uma proteção efetiva em 90 a 95% dos casos. Para se conseguir uma proteção efetiva são necessárias três aplicações, sendo a segunda 30 dias após a primeira e a última aos 180 dias (seis meses) a contar da primeira aplicação.
O governo oferece gratuitamente vacinação para todos os jovens, com até 19 anos de idade. Estas vacinas são encontradas em todos os postos de saúde e unidades de atenção básica.
Pessoas consideradas como grupos de maior risco de infecção, como médicos, enfermeiros, profissionais do sexo ou com múltiplos parceiros sexuais, laboratoristas, infectados com HIV/AIDS ou hepatite C, pacientes em hemodiálise ou quaisquer outros que se enquadrem em situações de risco de contaminação, também recebem gratuitamente a vacina contra a hepatite B, independente da sua idade.

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