quinta-feira, 31 de julho de 2008

Organização Mundial da Saúde declara que 30% das mortes podem ser prevenidas

Alerta: CÂNCER pode matar 12 milhões em 2030

CÂNCER pode matar 12 milhões em 2030
O CÂNCER é a principal causa de morte no Mundo. Em 2007 morreram7,9milhõesde pessoas, 13 por cento do total das mortes. Dentro de apenas duas décadas o quadro pode ser ainda mais negro, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a prever que em 2030 o número de mortes ascenda aos 12 milhões por ano. O alerta ontem divulgado vem acompanhado com a boa notícia de que é possível prevenir trinta por cento das mortes por CÂNCER.
Os tipos de doença oncológica mais frequentes, de acordo com o número global de mortes, são os do pulmão, estômago, fígado, colo-rectal, esófago e próstata para o homem e para a mulher os CÂNCERs da mama, pulmão, estômago, colo-rectal e cervical.
De acordo com a OMS, as mortes anuais por neoplasia são, respectivamente, do pulmão (1,4 milhões de casos), estômago (866 mil), cólon (677 mil), fígado (653 mil) e mama (548 mil).
O CÂNCER é o termo genérico para um grupo grande de doenças que afectam qualquer parte do corpo. Os factores de risco que causam o aparecimento são o excesso de pe-so ou obesidade, consumo reduzido de fruta, legumes e vegetais, falta de exercício físico, consumo de tabaco e álcool.
Mas não são apenas estes factores que podem causar o tumor. Na origem podem estar ainda o sexo não protegido, poluição do ar em meio urbano, vírus das hepatites B e C e ainda o fumo produzido nas habitações proveniente dos combustíveis sólidos.
Conhecer os factores de risco do CÂNCER e reduzi-los ou evitá-los ajuda a prevenir o aparecimento da doença, cuja estratégia de combate passa não apenas pela prevenção mas também pela detecção precoce e aumento dos tratamentos.
A OMS alerta ainda para a necessidade de se evitar os factores de risco, apostar na vacinação contra os vírus do papiloma humano e hepatite B, controlar os riscos profissionais e reduzir a exposição ao Sol.
APONTAMENTOS
ALTERAÇÃO DE CÉLULA
O CÂNCER surge da alteração de uma única célula. As metástases são a maior causa de morte.
EXTERNOS E GENÉTICOS
A alteração na célula pode ser causada por agentes externos ou por factores genéticos.

Cristina Serra
30 Julho 2008 - 00h30


FONTE: CORREIO DA MANHÃ – PORTUGAL
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=F48BA50A-0ED3-4315-AEFA-86EE9B1BEDFF&contentid=851C59B7-3148-4208-AE12-75894B8F3D1E

quarta-feira, 30 de julho de 2008

A metformina pode intensificar a redução de peso em adolescentes do sexo feminino

Autora: Michelle Rizzo
Publicado em 08/07/2008


Nova York – De acordo com os resultados de um estudo publicado no mês de junho do Journal of Pediatrics, a metformina associada a mudanças no estilo de vida pode auxiliar as adolescentes a perder peso, desde que também aconteçam mudanças na alimentação.
Dra. Kathryn Love-Osborne, do Denver Health and Hospitals, Colorado, e colaboradores avaliaram, através de um estudo duplo-cego randomizado, o efeito causado pela a adição de metformina (ou placebo) a um programa personalizado de reeducação alimentar e de exercícios físicos entre 85 adolescentes obesos e com resistência à insulina.
A média de idade dos participantes deste estudo era 15,7 anos e o índice de massa corporal (IMC) médio era de 39,7. Dos 85 indivíduos, 71% eram meninas, 58% eram de origem hispânica e 34% de etnia afro-americana.
Os pesquisadores relataram que as metas estabelecidas de redução de peso não foram atingidas nesta população. Não houve diferenças detectáveis entre o grupo que utilizou metformina ou placebo com relação à redução do peso ou metabolismo glicídico.
Entretanto, foi observada uma redução significativa do IMC entre meninas que recebiam metformina que não foi detectada naquelas que utilizavam placebo. Sessenta por cento dos participantes que utilizavam metformina e que também reduziram as porções de sua alimentação apresentaram uma redução de mais de 5% do seu IMC.
Dra. Love-Osborne disse à Reuters Health que “as opções atuais de medicamentos para perda de peso são muito caras e geralmente os planos de saúde não fornecem cobertura. Desta forma, os remédios não são acessíveis aos pacientes de baixa renda que apresentam risco elevado para as complicações relacionadas com a obesidade”.
“A disponibilidade de uma medicação barata e segura, que pode trazer benefícios para pacientes que se encontram motivados a realizar pequenas modificações em seus hábitos de vida, poderá ser uma opção adicional para que os profissionais de saúde possam melhorar as condições de saúde de adolescentes obesos na atenção primária”.


J Pediatr 2008;152:817-822

domingo, 13 de julho de 2008

Hepatite crônica: o maior mal da saúde pública no Brasil?

08/07/2008 15h18m
Aleandro Rocha
As metas para as políticas sociais devem ser pauta obrigatória nas agendas governamentais. A garantia de uma gestão salutar e democrática dessas políticas, no interesse do cidadão, relaciona-se, nesse contexto, a ações efetivas que possam ir ao encontro das aspirações da sociedade.
No Brasil, a incidência de hepatite revela sintomas de mal estar decorrentes da falta de mobilização. Dados do Ministério da Saúde apontam seis milhões de portadores do vírus das hepatites B e C. Hoje, 95% dos infectados não sabem que carregam o vírus, confirmando a falta de campanhas de conscientização. Fato confirmado pelos números do próprio Ministério. Dos seis milhões de infectados, apenas uma média de dez mil pessoas recebem tratamento anualmente. Menos de meio por cento do número total dos casos registrados.
De acordo com a Frente Parlamentar das Hepatites e Transplantes, presidida pelo deputado Geraldo Thadeu (PPS/MG), a falta de diagnóstico precoce é hoje um dos maiores responsáveis pelo sofrimento dos infectados. A detecção tardia do vírus permite o avanço da doença para cirrose hepática e até mesmo para o câncer.
Além disso, a morosidade nas ações agrava o problema. O protocolo do Ministério da Saúde, por exemplo, não tem registrado novos medicamentos à lista do Sistema Único de Saúde. Sem a atualização, pouco se avança no tratamento e na conquista de resultados mais positivos.
Silencioso, o vírus da hepatite atinge diretamente o fígado. Sua transmissão dá-se por meio do sangue, seringas compartilhadas e materiais perfurocortantes contaminados. Em se tratando da hepatite B, cerca de 70% dos casos de transmissão ocorre pelo contato sexual.
Os sintomas iniciais são geralmente imperceptíveis. Em muitos casos, assemelham-se aos da gripe, o que dificulta a percepção por parte dos infectados. Com o tempo, a doença tende a tornar-se crônica. Pesquisas revelam que 10% dos portadores de hepatite B desenvolvem a infecção crônica. Percentual que aumenta para 80% no caso da hepatite C.
No estágio avançado, com o comprometimento do fígado, a solução para os portadores é partir para a imensa fila do transplante. Neste caso, além de exigir mais gastos do Governo do que a prevenção e o tratamento com medicamentos, estima-se que mais da metade dos doentes que aguardam transplante morrem na fila de espera.
O portador que recebe tratamento tardio e inadequado pode ter sua vida produtiva diminuída em até 15 anos. Mais alarmante do que o número de infectados, falta de tratamento e diagnóstico precoce, é a falta de informação ao cidadão; de ações e mobilizações que poderiam evitar o aumento no número de casos, principalmente impedir milhares de mortes.
Campanhas de vacinação, conscientização sobre regras básicas de higiene e obras de saneamento básico são fortes aliados na luta por salvar vidas. Para debater essas e outras estratégias e ações, a Frente Parlamentar aguarda audiência pública com o ministro da saúde. Geraldo Thadeu também quer fortalecer a parceria com o Programa Nacional de Controle e Prevenção às Hepatites Virais. Para isso, quer estreitar os laços, sugerindo e incentivando ações cada vez mais incisivas por seus dirigentes.
Enquanto isso, é necessário fortalecer o diálogo entre os governos e o terceiro setor, no intuito de propiciar a divulgação da doença, com um alerta sobre seus riscos e sobre formas eficazes de prevenção. Ações efetivas que levem à agilidade do testes de diagnóstico são também demandadas. O incentivo oficial à pesquisas e a novos medicamentos que possibilitem o combate a esse mal quase invisível, mas de efeitos nefastos no corpo social, não pode ficar de fora da agenda do dia das políticas públicas de saúde.

Aleandro Rocha – assessor de imprensa da Frente Parlamentar das Hepatites e Transplantes da Câmara dos Deputados

Fonte: http://www.emtemporeal.com.br/index.asp?area=2&dia=08&mes=07&ano=2008&idnoticia=56297