quarta-feira, 30 de julho de 2008

A metformina pode intensificar a redução de peso em adolescentes do sexo feminino

Autora: Michelle Rizzo
Publicado em 08/07/2008


Nova York – De acordo com os resultados de um estudo publicado no mês de junho do Journal of Pediatrics, a metformina associada a mudanças no estilo de vida pode auxiliar as adolescentes a perder peso, desde que também aconteçam mudanças na alimentação.
Dra. Kathryn Love-Osborne, do Denver Health and Hospitals, Colorado, e colaboradores avaliaram, através de um estudo duplo-cego randomizado, o efeito causado pela a adição de metformina (ou placebo) a um programa personalizado de reeducação alimentar e de exercícios físicos entre 85 adolescentes obesos e com resistência à insulina.
A média de idade dos participantes deste estudo era 15,7 anos e o índice de massa corporal (IMC) médio era de 39,7. Dos 85 indivíduos, 71% eram meninas, 58% eram de origem hispânica e 34% de etnia afro-americana.
Os pesquisadores relataram que as metas estabelecidas de redução de peso não foram atingidas nesta população. Não houve diferenças detectáveis entre o grupo que utilizou metformina ou placebo com relação à redução do peso ou metabolismo glicídico.
Entretanto, foi observada uma redução significativa do IMC entre meninas que recebiam metformina que não foi detectada naquelas que utilizavam placebo. Sessenta por cento dos participantes que utilizavam metformina e que também reduziram as porções de sua alimentação apresentaram uma redução de mais de 5% do seu IMC.
Dra. Love-Osborne disse à Reuters Health que “as opções atuais de medicamentos para perda de peso são muito caras e geralmente os planos de saúde não fornecem cobertura. Desta forma, os remédios não são acessíveis aos pacientes de baixa renda que apresentam risco elevado para as complicações relacionadas com a obesidade”.
“A disponibilidade de uma medicação barata e segura, que pode trazer benefícios para pacientes que se encontram motivados a realizar pequenas modificações em seus hábitos de vida, poderá ser uma opção adicional para que os profissionais de saúde possam melhorar as condições de saúde de adolescentes obesos na atenção primária”.


J Pediatr 2008;152:817-822

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